segunda-feira, 15 de março de 2010

Mitologia Indígena: o Lamento de Tupã






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A maioria das pessoas sabe que os índios eram ingênuos, bondosos e sem tecnologia. Viviam na perfeita harmonia com a natureza, formando sociedades igualitárias onde tudo era de todos. Os caciques eram lideres justos. Os pajés eram sacerdotes que mediavam as crenças daquela raça, cujas doenças e fenômenos da natureza, incompreensíveis para eles, eram tidos como manifestações primitivas de espíritos. A paz reinava naquele paraíso tropical de abundância, beleza e paridade. Até que os conquistadores portugueses chegaram com toda sua pérfida hiância mercantilista, destruindo a utopia dos “bons selvagens”.

O que a maioria das pessoas sabe não passa de um monte de baboseiras.

Nunca houve “índios”, termo generalista criado pelos europeus. Existiram guaranis, tupinambás, aymorés, goytacazes. Eles não eram ingênuos: criaram técnicas brutais de combate rápido e letal, táticas de caça e de camuflagem que beiravam a invisibilidade e conhecimentos sobre venefício cujas curas ou letalidade levariam escolásticos do Velho Mundo a perderem noites de sono estudando-as. Suas sociedades não eram igualitárias; variando enormemente de Nação para Nação - ou até mesmo aldeia para aldeia - hierarquias sociais estabeleciam fronteiras de acordo com a idade, gênero, talento, coragem e sabedoria. A liderança dos Caciques era baseada numa chefia tribal que freqüentemente descambava para o despotismo e vaidade. A paz nunca reinou entre eles, cujas tribos viviam em guerras sangrentas, constantes e com pouquíssimo espaço para misericórdia. E, numa disputa tão ferrenha por território, harmonia com a natureza era alienígena para povos que recorriam a incêndios na floresta para prejudicar inimigos.

Em suma, os “índios” formavam sociedades complexas, fascinantes, tensas e desiguais. Não deveríamos nos surpreender. Afinal eles são humanos, a despeito de todo tempo em que nossa empáfia cegou-nos para isso.

Como nos tem cegado para o conhecimento dos antigos Pajés.

Sua sabedoria era ensinada à beira da fogueira, pintada em cavernas, entalhada nas árvores e vivida através de rituais que existem desde antes das maiores potências europeias surgirem. Eram tradições estavam muito além de crendices primitivas de quem não compreendia o relâmpago ou a chuva. O conhecimento destes povos constitui-se de mitologias muito mais profundas.

E a verdade, como descobriram os originais habitantes desta terra, é bem mais chocante do que supõem os leigos, a menosprezá-los por tantos séculos.

Os mitos e suas versões

Antes de tudo existir, antes mesmo da existência, havia uma força, um vento incognoscível. Este poder, movendo-se antes do Tau - escuridão, vácuo - gerou a aña (ã-ni-á), que é a essência da alma e matéria prima de todo espírito. Segundo algumas versões do mito - e não há entre os “índios” nenhuma canonicidade, sequer a pretensão disto - este movimento não se deu em meio à inexistência, mas destruiu uma realidade posterior. De qualquer forma, foi a partir da aña que a força primordial gerou a matéria, numa forma maleável como o barro.

Os Nhande são as almas ancestrais que surgiram com a Criação. O primeiro deles foi o próprio Criador, Nhanderucuçu ("o grande avô), que surgiu por si mesmo como um vento no vazio antes da existência.

Nhanderuvuçu tornou-se ele mesmo o sol, pelo qual se responsabilizou. Como seu pdoer era grande demais para ser contido pela Criação, assumiu a forma de um poderoso cacique chamado Guarací a fim de caminhar sobre ela. Foi quando ele contemplou Jací, outra Nhande que surgiu de si mesma, formando a lua e assumundo a forma de uma mulher. A paixão os consumiu de imediato, e, num retumbate ato sexual desceram do céu até a Monte Areguá, a Montanha Sagrada, criando assim a terra, os oceanos, os rios, ar árvores e os animais.

Nhanderuvuçu então manifestou outra semente de seu poder, gerando a Tupã, por meio do qual criou os homens e as mulheres: Ñande Ru Paven e Ñande Sy, o grande Pai e a grande Mãe, ancestrais divinos dos Tupi, a primeira raça da Criação, que ensinaram-lhe a viver como civilização. Seus filhos foram Tumé Arandu, que descobriu o segredo da Profecia; Marangatú, o sábio líder guerreiro, e Japeusá, que descobriu a mentira e tornou-se o espírito das trapaças.

Da Criação estabelecida, outros Nhande surgiram. Sumé adquiriu sabedoria suprema, mas quase foi morto pelos homens ao tentar transmitir a eles seu conhecimento. O Anhangá gerou-se ao compreender o ciclo da existência (nascer-viver-morrer). Ceucí descobriu o fruto sagrado e tornando-se a Mãe Protetora dos Homens, porém gerando a Jurupari, o deus das leis e das sombras. Xandoré formou-se do ódio, tornando-se o vingador dos deuses. Rudá, o deus mensageiro, foi fruto do amor proibido entre Coaracy e Jaci, o sol e a lua que jamais podiam novamente se encontrar. Quanto a Tupã, este permaneceu como o zelador do mundo.

O Primeiro Lamento de Tupã

Os homens foram criados, e deram origem genealógica às suas Nações naquele passado imemorial. Suas trajetórias eram de tragédia e honra, sabedoria e bravura, tolice e ambição. Cada Nação teve seus mitos fundadores, seus heróis e seus algozes. Constituíram tribos tão numerosas quanto às sementes de todas as árvores. E não tardaram a guerrear.

Aqueles Heróis não eram homens ou mulheres comuns. Instintiva ou conscientemente, eles afloraram uma minúscula parte do Jasuka, “menor que a semente da jabuticaba”, ainda que o aña fosse “maior que mil oceanos”. O fizeram através de sua virtude, beleza, bravura, sabedoria ou talento, tornando-se exemplos para seus irmãos e filhos.

Mas, em meio a vastidão paradisíaca do Pindorá - nome original da terra - as Nações destilaram toda a sua brutalidade e egoísmo. Os guerreiros mais poderosos tornaram-se chefes tribais vaidosos, separando para si as mais belas mulheres e a melhor parte da caça. Os caçadores abusavam dos animais e até utilizavam o fogo para destruir o território alheio, despertando a fúria dos Kaapuãs e das Igupiaras. Mulheres eram tratadas como presentes para amigos, moeda de negociação entre aldeias e mimos colecionistas aos mais poderosos. A guerra não era pela sobrevivência ou honra, mas primeiro por ganância, depois por ódios seculares, quase milenares, entre aldeias e mesmo tribos inteiras.

O Dilúvio arrefeceu seus ânimos. Mas não foi o suficiente para chamar-lhes à consciência. As guerras eram cada vez mais sangrentas, acompanhadas agora por fluxos migratórios que deixavam rastros de destruição por onde passavam. Os espíritos, as matas e os rios se entristeceram, e sua tristeza chegou a Tupã.

Aquele foi seu Primeiro Lamento.

Do Oceano, vieram bestas brancas e peludas, levemente semelhantes aos homens. Traziam com eles ferramentas incompreensíveis: canoas gigantes capazes de transportar aldeias inteiras; minérios indestrutíveis com os quais faziam suas armas; paus de ferro e madeira cujo pó negro fazia voar o fogo. Nos seus olhos havia uma cobiça jamais precedida, mesmo no mais ambicioso dos homens que em Pindorá viveu. Seu sangue tinha o poder de acumular as piores pestes, que eles transmitiam somente com um toque ou uma palavra. Era indiscutível o poder daquelas criaturas sujas, malcheirosas e estranhas, cuja fome insaciável pelo metal dourado assemelhava-se a de um possesso descontrolado. As Nações divergiram quanto aos invasores: alguns se aliaram a eles, outros fecharam-se em suas aldeias, matando-os e devorando-os antes de ouvir seus estranhos tratados de paz. Mas uma coisa ficou clara: a ambição atroz que os trouxe a terra.

Eram chamados de Kari ou Caraíba. Nós os chamamos de europeus.

As bestas foram um castigo de Tupã, que lhes abriu o Oceano para que achassem Pindorá. Existem Tradições mais detalhistas quanto a isto. Segundo alguns Pajés e anciões, Sumé se apercebeu da tristeza de Tupã, e revoltou-se ao ver todo o conhecimento que deu aos homens estar sendo usado com maldade. Sob a permissão de Tupã, ele deu aos homens de Além do Oceano o conhecimento para chegarem a Pindorá. Julgava que, diante de tal ameaça, as Nações se uniriam contra os invasores, aprendendo a viver em paz e harmonia, ensinado também tais valores aos estrangeiros.

De qualquer forma, o castigo que se seguiu foi terrível. Mas, para a surpresa de Sumé, os homens não se arrependeram de seus atos. Pelo contrário: uniram-se aos Kari! Juntando-se a eles, tomaram parte em suas imundícias. Aprenderam a roubar, a saquear. Viviam nas suas aldeias, em meio ao fedor e ao lixo, sendo contaminados pelo desejo do metal dourado. Outros resistiram, mas foram dizimados ou forçados a fugir. Os que sobreviveram, foram submetidos a uma Tradição cruel e jamais imaginada, que os invasores chamavam de escravidão. E aqueles que estavam longe do litoral pouco se importaram com o que acontecia, crentes que estavam a salvo nos confins da mata e próximos ao Monte Sagrado Areguá.

Pindorá estava se transformando. Sumé observava o novo mundo diante de si, aguardando o destino dos novos homens mestiços da Terra. Os Nhande e Encantados igualmente tentavam entender seu lugar diante deles. Enquanto isso, Tupã ainda esperava que eles se tornassem algo melhor e mais honrado, como os Heróis de outrora, fundadores das Nações.

Debaixo dos poderosos raios de sol, os novos homens construíam, sobre os destroços do que foi Pindorá, a Terra de Santa Cruz. E cada vez mais a ânfora de barro de Tupã enchia-se de amargura.
                                   
O Segundo Lamento de Tupã

Partindo do litoral, os homens criaram um novo mundo. O metal dourado, junto com o prateado e as demais pedras brilhantes, era o motor das aldeias brancas, fervilhantes em casas de pedra e fedor de esterco. Novas formas de plantio foram trazidas, estranhamente exaurindo a terra em troca de um único fruto: a cana. Mais homens e mulheres chegaram do oceano, mas estes tinham a pele negra como a noite, também criados pela Tradição sinistra da escravidão. Os Kari lhes tratavam com crueldade nunca dantes concebida em Pindorá.

Eras se passaram. As Nações foram destruídas na guerra e pela peste produzida no sangue dos Kari. As tribos que restaram uniram-se as bestas brancas, ou esconderam-se em quinhões de terra concedidos por alguns Kari que pareciam arrependidos de tudo o que seus ancestrais fizeram. Entretanto, estes Caraíba eram minoria: seus irmãos ainda desprezavam as Nações, sem compreendê-las, respeitá-las ou importar-se com elas.

A maldade não conhecia limites. Não havia honra na guerra. As plantas eram arrancadas e queimadas. Os animais eram caçados e esfolados sem compaixão ou temor aos Kaapuãs. As mulheres eram trancadas nas casas de pedra. A sabedoria dos antigos calou-se, enquanto os Pajés dos Kari achavam que, queimando aqueles que veneravam os Nhande, os purificariam a seu Deus.

As casas de pedra tornaram-se montanhas. Os rasgos de barro em meio a floresta, feitos para que as máquinas de rodas circulassem com o metal dourado, foram cobertas com uma pele cinza e fervilhante. Suas máquinas tornaram-se maiores e mais potentes, feitas agora não de madeira, mas de ferro. Algumas podiam voar, chegando ameaçadoramente próximo de Nhanderuvuçu. Os rios e as matas tornaram-se imundos, com o lixo produzidos pelas aldeias dos Kari, tanto quanto capaz de encher vales e soterrar montanhas.

O urro dos animais, a agonia das plantas, o choro das mulheres e o fedor dos rios subiram a Tupã como crimes inaceitáveis. Mais que isso, delitos incompreensíveis para aqueles que tinham recebido o paraíso.

Tupã entristeceu-se novamente. Mas nada falou. Nada fez. Somente retirou-se ao sol, para chorar.

E nunca, desde a criação, os Nhande foram tomados por tamanha incerteza. O que Nhanderuvuçu decretará?

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Poder da Fé

Algumas pessoas procuram achegar-se mais intimamente ao criador e às forças do bem, ou, por algum motivo desconhecido, são agraciados por dons celestiais. Estes poderes causam efeitos avassaladores nas trevas, mas são condicionados a vôos como de pacifismo, caridade, abnegação ou pobreza, por exemplo marcando seu possuidor para sempre: é uma grande responsabilidade ser um “instrumento da luz”.

Sinais Barrocos: Na pele do personagem foram escritos símbolos celestiais, que lhe conferem grandes poderes divinos. Os tipos de Sinais Barrocos mais comuns são: São Miguel: Arma Astral (Espada), Escudo Astral, Força Ampliada, Doze Profetas: Visão Astral, Previsão, Sentir o Sobrenatural, Verdade, Serafins: Luz, Raio de Sol, Pirocinésia, Penitencia, Virgem Maria: Benção, Ânimo, Desviar Ataques, Visão Astral.

Estigmata: o personagem nasceu no mesmo dia e hora em que Jesus morreu, tendo recebido um misterioso carisma: as mesmas chagas do Senhor Crucificado (feridas nos pés, nas mãos e no lado do abdômen, bem como marcas de chicotadas nas costas). Além de uma terrível maldição a quem lhe matar ou negar algo (desde que seja algo coerente e pedido com humildade), o personagem é capaz de curar qualquer doença e ter visões do futuro. Entretanto, quando usa seus poderes, suas chagas começam a sangrar. Além disso, o personagem não tem controle sobre suas visões.

Provedor: este é o poder de criar comida, água ou fazer surgir milagrosamente uma peça ou item necessário (inclusive dinheiro). Costumam ser pessoas simples (eles não usam seu poder em proveito próprio) ou, em alguns casos, profetas fanáticos.

Cura: o poder da cura de doenças e ferimentos é um dos carismas mais valorizados e perseguidos. A Cura necessariamente canaliza-se de alguma forma visível: lagrimas, mel ou sangue vertido dos olhos, toque, das mãos, cânticos, etc.

Inocência verdadeira: não é um poder, é bem verdade, mas jamais poderia faltar a esta lista as pessoas que amam a seu próximo e são justas e honestas. Estas são resistentes por natureza a ações malignas, quase que imunes a elas, e podem ter dentro de si a fé para vencer qualquer situação difícil.

Instituições Barrocas

Sob o manto da igreja, (e normalmente sem seu conhecimento) alguns grupos organizam-se para conhecer e combater as forças das trevas, ou, pelo menos, para absterem-se delas. Normalmente seus membros são padres, mas nem sempre é o caso: muitos voluntários leigos juntam-se a estas fileiras, normalmente após um acontecimento trágico em suas vidas.
Ordem Oculta dos Jesuítas: Após a Companhia de Jesus ser expulsa de Portugal (e consequentemente de suas colônias) em 1759 pelo Marques de Pombal, alguns Jesuítas caçadores de Demônios, Lobisomens e Vampiros Barrocos, indignados por esta decisão, decidiram fundar uma sociedade secreta afim continuar sua cruzada. Profundos conhecedores de Teologia e Ocultismo, os Ocultos Jesuítas são caçadores pacientes e astutos, usando seu conhecimento como arma em sua batalha contra o sobrenatural. Os Jesuítas originais não têm idéia desta ramificação sombria. Sua base d operações no Brasil fica em Salvador, na Bahia.
Ordem de São Miguel: os membros da Ordem de São Miguel são guerreiros santos, paladinos que lutam diretamente contra Criaturas malignas, além de treinamento intensivo em combate, eles costumam ter muitos poderes ligados a Fé. Apesar de alegarem atuar desde os tempos do Antigo Testamento, os primeiros relatos da Ordem de São Miguel datam de Olinda, no século VXII.
Ordem de São Lázaro: nascida na Idade Média e quase que imediatamente declarada como anátema, esta Ordem desenvolveu-se em Portugal e chegou ao Brasil logo após os Jesuítas. São especialistas no estudo da morte, zumbis e Almas Penadas. Eles dominam uma forma cristã de necromancia (!?) que envolve o uso de relíquias de santos e as bênçãos do anjo da Morte e de São Lázaro, e consideram que os fins justificam os meios para proteger a igreja e a Vida Eterna. Sua identidade é mantida em segredo dentro da Igreja.
Os Solidários: uma sociedade de homens simples, existente em várias cidades do interior do nordeste. Uma vez por mês estes homens simulam uma passagem dos evangelhos, praticando, em seguida, auto-flagelações com chicotes. Na Páscoa, eles simulam toda a paixão, inclusive carregando cruzes e martirizando-se mais e mais. Costumam usar calças brancas e túnicas azuis. Apenas homens podem participar das simulações e da auto-flagelação, mas qualquer um é bem vindo para participar e rezar com eles.

Artefatos Barrocos

Artefatos Barrocos
Coroa de Cristo: Supostamente seria a Coroa de Espinhos que foi colocada em Jesus, mas a verdade ninguém sabe. Ela restaura todos os Pontos de Vida perdidos, e cura qualquer doença. Alguém que use a coroa de espinhos passa a ter a Desvantagem Honestidade, pois a pessoa realmente experimenta o valor do sacrifício do Mestre.

Véu da Virgem: Este véu branco rendado supostamente pertenceu a uma virgem fervorosa devota da Virgem Imaculada. É capaz de curar qualquer doença de alguém coberto por ele. Todavia, aquele que foi curado deverá mandar rezar uma missa para a Virgem Imaculada, ou sua doença voltará. O Artefato só tem uma carga, mas é recarregado após ser rezada a missa.

Flechas de São Sebastião: uma destas flechas antigas e de ponta enferrujada desviam ataques de quaisquer natureza a seu portador. Elas também concedem bônus em testes de resistência física e moral que seu portador possa ter que realizar.

Relíquias de Santos: constituem-se de crânios, ossos de dedos e pés, garrafas com o leite da virgem Maria e outros tipos de objetos cuja santidade permita o uso de algum poder da fé, possibilite proteção, cura ou mesmo um exorcismo.

Balas do Diabo: Estas balas enferrujadas causam dano máximo quando atingem suas vitimas (não é necessário rolar os dados para testar o Dano). Se matarem um alvo, elas saltam para fora de seu corpo. O dano causado por estas Balas não pode ser curado de forma normal, apenas de forma sobrenatural. Os portadores desta arma sofrem de pesadelos, e também começam paulatinamente a apresentar desvantagens como Fanfarronice e Sanguinolência. Existem apenas seis Balas como estas espalhadas sabe onde pelo Brasil.

Revolver do Diabo: Este sinistro e maligno revolver enferrujado jamais erra um tiro. Todavia, ele não pode ser usado em pessoas honestas e verdadeiramente de bom coração (a arma simplesmente engasga). Os portadores desta arma sofrem de pesadelos, e também começam paulatinamente a apresentar Fanfarronice e Sanguinolência.

Sete Tranças da Bruxa: Estas tranças, feitas por uma antiga e poderosa Bruxa em Salvador ainda nas primeiras décadas da Colonização, podem ser usadas nos cabelos como enfeites. Cada uma das Tranças permite causar um dos efeitos dos Feitiços abaixo, sem necessidade de se realizar o Rito (os efeitos manifestam-se no mesmo turno):
  • Trança Vermelha: Apaixonar.
  • Trança Negra: Trevas.
  • Trança Amarela: Doenças.
  • Trança Verde: Desviar Ataques.
  • Trança Branca: Desfazer.
  • Trança Roxa: Dor.
  • Trança Abóbora: Visão Astral.
Todas as Tranças juntas usadas por um mesmo personagem permite Conjurar Entidades, também de forma espontânea, sem necessidade de nenhum ritual. Todavia, as Tranças não são reunidas e estão perdidas desde a secunda metade do século XIX.

Os Segredos sob a terra (cont.)

 Isabela se aproximava da Caverna das Amendoeiras, vindo pelo matagal de folhas escuras e secas. Os quatro caçadores que a escoltaram até al...